PASSEANDO NA BÍBLIA




    A Nossa Insignificância

    O autor do livro de Hebreus citou Salmo 8 quando perguntou: “Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites?”(Hebreus 2:6). Na nossa arrogância, percebendo a primazia dos seres humanos sobre as plantas e os animais que habitam este planeta, é fácil esquecer da nossa pequenez. Mas qualquer pessoa que acredita que somos criaturas precisa refletir sobre a grandeza do Criador. Só pensar nisso deve nos humilhar!
    O homem pode até pensar que acima dos insignificantes encontraria alguns importantes. Os ricos e poderosos não chamariam a atenção de Deus, mesmo se o resto da população humana não tivesse importância? O rei do Egito desafiou Moisés com estas palavras: “Quem é o SENHOR para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir a Israel” (Êxodo 5:2). Mais de 800 anos depois, o rei da Babilônia mostrou a mesma atitude quando ameaçou três jovens hebreus: “E quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos?” (Daniel 3:15).
    A habilidade do homem, inclusive a capacidade de conquistar dinheiro e poder, não impressiona o Senhor. Tanto o pobre como o rico são insignificantes diante do Criador: “Somente vaidade são os homens plebeus; falsidade, os de fina estirpe; pesados em balança, eles juntos são mais leves que a vaidade” (Salmo 62:9). A vaidade, um vazio total, não pesa nada. E todos os homens juntos são mais leves ainda! Em épocas de eleições, candidatos e seus partidários gastam bilhões na concorrência para exercer poder temporário sobre algumas outras pessoas. Mas diante do Senhor, estas nações inteiras e seus líderes não são nada! “Todas as nações são perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo” (Isaías 40:17).
    Uma vez que entendemos esta diferença enorme entre Criador e suas criaturas, percebemos melhor o tamanho do amor de Deus e de sua graça para conosco. Ele se importa conosco tanto que mandou seu Filho para nos resgatar (João 3:16). Ele dá tanta importância ao homem que fez questão de revelar as Escrituras para nos guiar à comunhão com ele. Deus valoriza pessoas comuns e insignificantes tanto que preparou um descanso celestial e eterno para todos que lhe obedecem (Hebreus 4:11; 5:9).
    Não sou nada. Todos nós juntos não somos nada. Mas Deus se importa conosco! Graças a Deus por sua bondade e seu amor!

    – por Dennis Allan


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    Como pode o amor lançar fora o medo?


    “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” (1 João 4:18). Este versículo apresenta desafios para o leitor sério e tem sido usado para defender diversas ideias errôneas. É comum achar aplicações superficiais na esfera da psicologia popular, usando esta afirmação como um mantra para ajudar pessoas vencer suas fobias e preocupações cotidianas. Outros distorcem o sentido do texto para justificar suas decisões de não se arrepender dos seus pecados, concluindo que “Deus me ama do jeito que sou, então não preciso mudar”. Estudantes da Bíblia podem enfrentar uma dificuldade em conciliar este versículo com outros ensinamentos das Escrituras que ensinam a importância do medo ou temor: “Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem” (Eclesiastes 12:13) e “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mateus 10:28). Como compreender este ensinamento de João?


    Uma das regras fundamentais para entender qualquer texto é: considerar o contexto. João não escreveu aqui sobre fobias, e certamente não ofereceu conforto para pessoas que persistem numa vida pecaminosa (leia 1 João 3:6-10). O contexto define termos importantes. Medo e tormento são ligados ao assunto do versículo anterior: o Dia do Juízo. Amor, também, é ligado aos versículos anteriores: Quem permanece no amor permanece em Deus. João explica o que é necessário para viver e morrer com a confiança da salvação em Cristo. É necessário aperfeiçoar o amor, que significa permanecer em Deus (1 João 4:16-17). 


    Seria totalmente injusto interpretar este ensinamento de João de uma maneira que contradiga o resto da epístola ou que negue ensinamentos de Jesus e os outros apóstolos. Na mesma carta de 1 João, este apóstolo disse que para permanecer em Deus é preciso andar na luz (1 João 1:6-7). Ele resume bem as condições da comunhão com Deus nestas palavras: “Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou” (1 João 2:5-6).


    Evitemos, também, o erro de imaginar que alguém alcance esta perfeição por esforço próprio, ou que tenha confiança da salvação por sua própria justiça. Todo o contexto nos lembra do perdão oferecido por Deus por meio do sangue de Jesus Cristo (1 João 1:9-10; 2:1-:2; 4:9-10; 5:13). Somente em Jesus poderemos permanecer no Dia do Juízo!


    – por Dennis Allan


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    Confiar em Deus
    O profeta Isaías, ao se referir à grandeza de Deus e à confiança que nEle deve ter o homem, diz:

    “Os que esperam no Senhor, adquirirão sempre novas forças, tomarão asas como de águia, correrão e não fatigarão, andarão e não desfalecerão.” Isaías 40:31 

    É muito singular que o Profeta compare os que confiam no Senhor às águias. É que elas têm uma forma toda especial de enfrentar as tempestades. Quando se aproxima uma tempestade as águias abrem suas asas, capazes de voar a uma velocidade de até noventa quilômetros por hora, e enfrentam a tormenta. Elas sabem que acima das nuvens escuras e das descargas elétricas, brilha o sol.
    Nessa luta terrível elas podem perder penas, podem se ferir, mas não temem e seguem em frente. Depois, enquanto todo mundo fica às escuras embaixo, elas voam vitoriosas e em paz, lá em cima. Confiança que traduz certeza é o seu lema. Para além da tormenta, brilha o sol, e o sol elas buscam.

    Na morte, as águias também dão excelente lição de confiança. Como todos os seres vivos, elas também morrem um dia. Contudo, alguma vez você já se deparou com o cadáver de uma águia? É possível que já tenha visto o de uma galinha, de um cachorro, de um pombo. Quem sabe até de um bicho do mato nessas extensas estradas de reserva ecológica. Mas, com certeza nunca encontrou um cadáver de águia.
    Sabe por quê? Porque quando elas sentem que chegou a hora de partir, não se lamentam nem ficam com medo. Localizam o pico de uma montanha inatingível, usam as últimas forças de seu corpo cansado e voam naquela direção. E lá esperam, resignadamente, o momento final. Até para morrer, as águias são extraordinárias.

    Quando, por ventura, você se deparar com um momento difícil, em que as crises aparecem gerando outras crises, não admita que o desânimo se aposse das suas energias. Eleve-se acima da tempestade, através da oração. Pense que Deus é o autor e o sustentador de todo o bem. Pequenos dissabores que estejam atingindo você são convites a reexame dos empecilhos que enchem a estrada da sua vida.

    Discórdia é problema que está pedindo ação pacificadora. Desarmonias domésticas são exigência de mais serviço aos familiares. Doença é processo de recuperação da verdadeira saúde. Até mesmo a presença da morte não significa outra coisa senão renovação, e mais vida.

    Pense nisso:
    Sempre que as aflições visitem seu lar em forma de enfermidade ou tristeza, humilhação ou desastre, não se entregue ao desalento.
    Recorde que, se você procura pelo socorro de Deus, o socorro de Deus também está procurando alcançar você!
    Se a tranqüilidade parece demorar um pouco, persevere na esperança, lembrando que o amparo de Deus está oculto ou vem vindo.


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