terça-feira, 10 de junho de 2014

Turistas pagam até R$ 330 por ‘amigos de aluguel’ durante a Copa

Turistas que vêm ao Brasil durante a Copa do Mundo e não conhecem nenhum brasileiro estão recorrendo ao site “Rent a Local Friend” (alugue um amigo local), que promove o contato entre eles e pessoas que vivem no país. A ideia é conhecer o destino sob a ótica de um morador.
No Brasil, o serviço existe em 16 cidades, sendo que 11 delas são sedes da Copa.  Até esta segunda-feira (9), o número de reservas para o período do Mundial havia crescido 236% em relação aos meses de abril e maio.
Segundo a empresa, para se tornar um “local friend” é preciso “conhecer muito bem a cidade, ser comunicativo e gostar de ter contato com estrangeiros”. Também é necessário ser fluente em inglês e na língua local, e quanto mais idiomas a pessoa souber, maior a chance de ser contratada.
“Quanto mais gente diferente, melhor. A ideia é que eu possa passear na Toscana com alguém que entende de vinhos, ou na França com uma pessoa que entende de queijos, por exemplo”, diz a publicitária Danielle Cunha, CEO do site. Segundo ela, a maioria dos amigos de aluguel busca no serviço uma forma de complementar renda nas horas vagas. “E é também uma forma de conhecer gente, de trocar conhecimentos”, diz Danielle.
O valor médio do passeio de quatro horas é de US$ 149 (cerca de R$ 330). O site fica com 30% de cada transação e cobra uma anuidade de US$ 100 (cerca de R$ 220) dos cadastrados.
A maioria dos clientes tem entre 30 e 45 anos. Brasileiros, americanos, ingleses, alemães e portugueses são as pessoas que mais procuram o site.
O tipo de passeio que será feito é combinado com cada turista. Há aqueles que têm interesse em temas específicos, outros deixam a decisão a cargo do amigo de aluguel. Alguns querem apenas conhecer o estilo de vida do amigo e pedem para serem incorporados à rotina do morador.
O Rent a Local Friend foi criado em 2010 pela carioca Alice Moura, que morava em Lisboa e costumava levar amigos e conhecidos para passear na cidade. Com o aumento da demanda, ela resolveu ganhar um dinheiro extra com a atividade e acabou criando uma rede com outras pessoas que queriam oferecer o mesmo serviço pelo mundo.
Segundo Danielle Cunha, o “amigo de aluguel” é muito diferente de um guia turístico convencional. “O guia tradicional tem uma formação, um conhecimento histórico. Ele vai saber dizer quando algo foi fundado, vai levar as pessoas para os lugares mais conhecidos. Já o ‘local friend’ vai fazer um passeio personalizado, mais livre, espontâneo”, afirma ela.
Para ela, o fato de existirem comunidades como o Couchsurfing, onde é possível contatar um morador do destino sem ter que pagar por isso, não ameaça o Rent a Local Friend. “Quando não se paga nada, não se espera nada. A pessoa que recebe sem cobrar não tem o compromisso de fazer com que o turista tenha a melhor experiência”, afirma.
Ela diz ainda que o site oferece um seguro que cobre danos morais e materiais, para o caso, por exemplo, de o estrangeiro ser assaltado durante um dos tours.
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Fonte: G1

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